Formada em geografia uma ciência extremamente inter e multidisciplinar que tem como objetos de estudo: a natureza, a sociedade, a relação entre os membros e as conseqüências desta relação tanto para a sociedade (presente e futura) como para o meio ambiente seja ele natural ou transformado, tornei-me uma pessoa com um olhar critico bem mais aguçado e esta característica é de suma importância para um geógrafo licenciado.
Ao assumir uma turma com 45 alunos e perceber a heterogeneidade de vivências e perspectivas presentes na família e adquiridas pelos alunos, percebi que não era apenas de conhecimento cientifico que eles precisavam, também era necessário um olhar amigo para compartilhar as alegrias e tristezas seja relacionado as notas escolares ou aos primeiros contatos com o mundo amoroso, era necessário um olhar psicológico que buscasse orientar e perceber traumas ocultos por detrás de um comportamento inquieto e muitas vezes agressivo e também era necessário ajudar aos alunos que esforçavam-se mas persistia em um rendimento medíocre e resgatar a auto estima estudantil de alunos que na ingenuidade do conformismo assumiam-se “burros” já que não entendiam nada que os professores falavam.
Foi pensando nestas vivencias escolares que eu optei por estudar Psicopedagogia , com expectativas apenas baseadas na epistemologia da palavra .
Imaginado ser um local onde eu poderia me apropriar de conhecimentos pedagógicos e psicológicos que me instrumentasse a lidar com as dificuldades dos meus alunos e principalmente adquirir tato sensitivo para fazer uma mediação entre as mães e seus filhos quando estas são chamadas para auxiliar à escola na educação dos seus filhos.
Entendendo a Psicopedagogia como uma ciência que traria humanidade e sensibilidade ao meu fazer pedagógico eu me reafirmei como profissional da educação e principalmente como uma pessoa voltada aos interesses dos meus aprendentes.
Professora Karina Castro
30 de setembro de 2010